Os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste descobriram que a vaca da raça Jersolanda polui 13% menos o meio ambiente em relação à raça holandesa, por exemplo. Os resultados chegaram perto dos melhores níveis internacionais. A pesquisa ainda continua para encontrar formas de minimizar os efeitos dos gases estufa liberados pelos animais.
A vaca holandesa é hoje uma das raças mais usadas pra produção de leite no Brasil. Foi dela que surgiu uma variação genética, a jersolanda, que também mistura os genes da raça Jersey. Há cerca de 20 anos, essa mistura passou a ser a preferida de muitos produtores de leite no mundo, como uma substituta pra holandesa.
É um animal menor, tem uma condição de saúde melhor, tem menos problemas com o casco. Os animais em pasto precisam se locomover bastante, tem esse problema de casco, então são animais que tem uma saúde melhor nesse aspecto e são animais que tem uma longevidade maior por serem cruzados.
A pesquisa tem o desafio de conhecer melhor essa espécie. A primeira conclusão mostrou que o nível de proteína do leite dela é um pouco maior, mas já permite ao pecuarista cobrar mais pelo litro na hora da venda.
A pesquisa também trouxe uma outra revelação com relação a emissão pelas narinas do gado do gás metano, conhecido vilão do efeito estufa. Os pesquisadores usaram um equipamento para descobrir o nível de emissão das vacas holandesas e comparar com o da Jersolanda.
As holandesas apresentaram uma emissão de gases bastante baixa, tão baixa quanto os melhores sistemas internacionais, mas a raça Jersolanda em relação a holandesa teve uma redução na emissão de gases de 13%. O que é extremamente interessante.
Para se ter uma ideia, um produtor que usa a vaca Jersolanda precisa plantar 40 árvores para compensar a emissão de cada vaca. Já o que usa a holandesa precisa plantar 52. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no Brasil o setor agropecuário é responsável por 33% das emissões de gases poluentes.
Fonte: GuiaLat